Desde o mês de outubro do ano passado, os moradores de Vila Pavão contam com a Feira da Agricultura Familiar. No espaço são comercializados produtos da região como, frutas, verduras, legumes, hortaliças, além dos produtos da agroindústria local: pães, doces, biscoitos e outros.
A feira livre envolve cerca de 25 produtores do município. Iniciou as atividades com 07 barracas ocupadas pelos grupos produtivos, Arte da Casa, Grupo da Agroindústria, Grupo de Artesãos, Grupo da Floricultura, entre outros. Acontece todas às sextas-feiras, no horário das 06h as 12h na Rua Desembargador Santos Neves, no centro da cidade, nas imediações do consultório do “Joaquim Dentista”.
O incentivo à sua criação, veio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura – SEAG que forneceu à Associação de Agricultores de São Roque do Estevão, um total de 14 barracas para servirem aos grupos produtivos do município.
Envolvidos no projeto que tem por finalidade, fortalecer a agricultura familiar, criando nova frente de comercialização para os produtores organizados, estão, o Incaper local, a Secretaria Municipal de Agricultura, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural – CMDR e Associações de Produtores Rurais.
Por estabelecer uma relação direta entre produtor e consumidor, a iniciativa é vista como uma boa forma de conhecer a origem dos alimentos. O chefe do escritório do Incaper de Vila Pavão, Wantuil Luiz Cordeiro, avalia que a iniciativa é importante tanto para os produtores, que passam a ter mais um canal de comercialização para os seus produtos, já que alguns fornecem verduras para a Casa do Produtor Rural, – como para os consumidores que podem adquirir produtos frescos da região, livres de contaminação por agrotóxicos, onde são utilizados métodos agros ecológicos com adoção de medidas de proteção ambiental, sem contar que a feira vai dar um destino lucrativo aos produtos cultivados, ou seja, se converterá numa fonte de renda segura para os agricultores, garantindo a segurança alimentar e nutricional dos consumidores.
A presidente da Associação dos Produtores Rurais de São Roque do Estevão, Aulira Lenke Alves Rossini, completa esclarecendo que todos os produtores envolvidos com a feira têm como principal fonte de subsistência o cultivo de lavoura de café e o café, como todos sabem, oferece apenas uma colheita por ano e ainda tem o problema com preço do produto, geralmente instável nessa época do ano. Então, a feira vem preencher essa laguna, proporcionando ocupação e alternativa para complementação da renda.
A feira está acontecendo nas sextas-feiras devido ao movimento de agricultores que já se tornou uma tradição local, mas no futuro pode mudar para o sábado, por exemplo, porque nesse dia, as pessoas têm mais tempo livre. “Em relação a isso, Aulira diz que a mudança vai depender da vontade dos consumidores.” É uma boa idéia, porque durante a semana as pessoas estão ocupadas e não podem aproveitar as coisas boas e o clima de descontração que existe no evento. A feira é uma atração a mais para a cidade, um ponto de encontro das pessoas e o hábito de ir a feira, pode se tornar uma coisa prazerosa, mas para isso tem que ser feito sem a correria do dia a dia”, opina a agricultora.