O filme retrata o objetivo de descobrir os esconderijos de milhões de obras de arte roubadas pelos nazistas, impedindo sua destruição, na reta final da Segunda Guerra Mundial em 1943 com iminente derrota dos alemães.
“Caçadores de obras-primas”, dirigido e interpretado por George Clooney. Ele também assina, com seu habitual parceiro, Grant Heslov, o roteiro, que adapta o livro homônimo de Robert M. Edsel e Bret Witter. Na história real, estes especialistas foram mais de 300, alguns deles mulheres. Na tela, por uma questão logística, eles são reduzidos a um pequeno grupo de sete homens, cujos nomes são, em geral, fictícios e não raro incorporam características de mais de um personagem verídico.
O líder é Frank Stokes (Clooney), que convence o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt da importância de salvamento das obras de arte e dele recebe autorização para formar uma equipe e viajar para a Europa.
Recebendo um precário treinamento militar prévio, eles se deslocam até as frentes de batalha, colocando a pele em risco para localizar as preciosas obras-primas europeias que os nazistas vinham saqueando, de instituições ou de coleções particulares – especialmente de judeus -, tendo em vista o sonho de Hitler de formar um imenso museu na Alemanha com o produto dessas apropriações.
Quando os alemães começam a sofrer derrotas dos Aliados, muitas dessas obras são escondidas – algumas, destruídas. A ideia, então, é localizar os esconderijos e chegar a eles antes dos aliados russos – que, segundo o filme, pretendiam vender as obras para angariar recursos para pagar indenizações a suas próprias vítimas de guerra.
Sem pretender fixar-se demais na lição de história, “Caçadores de obras-primas” toma liberdades e injeta humor sempre que possível – como nas relações interpessoais entre os protagonistas.
Nem por isso perde de vista a ideia central da história, de que havia aqui uma série de pessoas que arriscavam as próprias vidas para salvar a arte, um objetivo que não era inteiramente compreendido, ou mesmo bem-visto, pelo resto das tropas de seus próprios países. Nem todos os integrantes do esquadrão, aliás, sobreviveram.
Stokes convoca o seu time: o curador de museu James Granger (Matt Damon), o escultor Walter Garfield (John Goodman), os arquitetos Preston Savitz (Bob Balaban) e Richard Campbell (Bill Murray), todos americanos. Também entram na roda o inglês Donald Jeffries (Hugh Bonneville, da série “Downton Abbey”) e o francês Jean-Claude Clermont (Jean Dujardin). Única mulher do elenco, a australiana Cate Blanchett interpreta a francesa Claire Simone, uma militante da Resistência que vigiou atentamente os saques nazistas no museu onde trabalhava.
George Clooney estrelou com Sandra Bullock o filme “Gravidade, bastante elogiado pela crítica e indicado ao Oscar 2014.