Paradeiro do avião da Malaysia Airlines continua um mistério. Muitas teorias estão sendo levantadas sobre o que teria acontecido ao avião, desaparecido sem deixar rastros no último sábado (8).
Falha humana, falha mecânica ou condições climáticas ruins estão entre as principais hipóteses apontadas por especialistas e curiosos de todo o mundo para o sumiço misterioso. No entanto, uma possível relação com o terrorismo ainda não foi completamente descartada.
Até agora, o que se sabe de fato é que o voo MH-370 partiu do aeroporto internacional de Kuala Lumpur à 0h41 hora local (15h41 horário de Brasília) e deveria pousar em Pequim às 6h30.
Por volta de uma hora após a decolagem, a tripulação perdeu contato com os controladores de tráfego aéreo. Radares indicaram que (pouco antes de desaparecer por completo) o avião fez uma meia-volta neste momento, como se tentasse voltar para Kuala Lumpur, mas o motivo da manobra permanece desconhecido.
Mas o que poderia ter levado o experiente capitão Zaharie Shah, de 53 anos, que tinha mais de 18 mil horas de voo, a realizar tal manobra? E por qual motivo ele interromperia as comunicações com a torre de controle? Algo ou alguém poderia ter desviado sua atenção ou o tirado da cabine?
Entre as 239 pessoas que estavam a bordo da aeronave, havia dois homens que embarcaram no avião com passaportes roubados de um italiano e de um austríaco. Ambos fariam conexão em Pequim e partiriam para a Europa com bilhetes comprados por um empresário iraniano identificado como Kazen Ali.
A presença dos dois passageiros impostores levantou outra suposição sobre o caso, a de que o desaparecimento do avião esteja relacionado a um ato terrorista. Mas quais grupos teriam interesse no possível sequestro do voo?
Para o especialista em conflitos internacionais, Heni Ozi Cukier, é estranho que até o momento nenhum grupo terrorista tenha se responsabilizado pelo sumiço do avião. “A princípio, não há razões para se esconder um ato desses”, disse o especialista ao R7.
— Uma organização grande assumiria o ato. Isso pode indicar que não há relação com o terrorismo ou que [se fosse confirmada a relação com o terrorismo] um grupo pequeno pode ser responsável.
Cukier explicou que existe a possibilidade de um explosivo caseiro ter passado despercebido pela segurança do aeroporto e ter sido levado para dentro da aeronave, mas que é muito difícil confirmar quem e o porquê de um possível atentado terrorista.
Ainda segundo o especialista, em quase todas as regiões da Ásia, há grupos religiosos e étnicos considerados extremistas ou terroristas. Na Província chinesa de Xiangyang há grupos de muçulmanos e na Malásia, de islâmicos, por exemplo, mas Cukier ressalta que eles são muito pequenos e isolados para se encaixarem nas teorias de sequestro ou de sabotagem do avião com intuitos terroristas.