O autismo, conforme descrição dos especialistas, é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento. Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Certos adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional. Porém, os problemas de comunicação e socialização causam, frequentemente, dificuldades em muitas áreas da vida.
A síndrome do autismo ganhou repercussão recentemente depois que uma telenovela abordou o tema através de uma de suas personagens. Diante da relevância da temática e inúmeras sugestões, a Prefeitura de Vila Pavão, através da Secretaria Municipal de Saúde, resolveu abrir as discussões, promovendo palestra sobre o assunto, tendo como público alvo, os Agentes Comunitários de Saúde do município.
A Dra. Ana Paula Fernandes, médica da Programa Saúde da Família (PSF) do município, que ministrou a palestra, destaca que os agentes de saúde podem dar uma grande contribuição à sociedade a partir do momento que são capazes de detectar no comportamento das crianças sinais da síndrome do altismo. “Ele por estar em contato direto com a população é que vai trazer essa criança para ter assistência médica”, diz.
Segundo a médica, a aparência física do autista não difere de nenhum de nós. A grande dificuldade do autista está na interação social e na comunicação. Ele tem dificuldade de se comunicar, tanto com as pessoas, como com o meio exterior e interagem de uma maneira peculiar, encarada até, como bizarra.
Dra. Ana Paula acrescenta que a importância de se conhecer mais sobre a síndrome do altismo reside no fato se fazer diagnostico correto para não se enquadrar, outras síndromes como sendo altismo ou vice-versa. “A escola e os Agentes de Saúde ajudam, mas diagnosticar um paciente pode ser feito somente por um profissional médico”, alerta.
O Agente Comunitário de Saúde, Edgar da Cruz, avalia que aos ensinamentos recebidos, serão importantes no seu dia-dia, porque muitas vezes, os pais, por estarem em contato permanente com os filhos acabam não percebendo a síndrome. “A palestra nos ensinou como abordar o assunto com a família e a proceder nessas situações”, afirma.
“Tudo o que foi dito na palestra será muito útil no meu trabalho. Tenho alguns casos na minha área que a partir de agora, vou passar a prestar mais atenção e até aplicar o questionário que nos foi passado pela pela Dra. Ana Paula”, disse a agente de saúde, Maria Marré Oliosi.