Por Jorge kuster Jacob, sociólogo e pesquisador pomerano
Ser pomerano é ler, escrever e acima de tudo interpretar e viver a nossa identidade histórica e cultural pomerana;
Ser pomeranos é ouvir o gemido das nossas manifestações culturais e transformá-las em projetos de libertação e de vida;
Ser pomerano é saber que a língua do nosso povo nunca foi dialeto e que ela é o coração de toda a nossa cultura;
Ser pomerano é saber que a cultura pomerana é a alma desse nosso povo sem pátria, mas que tem o mundo todo aos seus pés para usufruir;
Ser pomerano é saber que na agricultura familiar está toda sua base, sua estrutura cultural com o qual constrói o altar de Deus muito mais nutrido e colorido;
Ser pomerano é saber que a sua culinária não é para matar só a sua fome e sede, mas principalmente para encher a suas vazias entranhas de autoestima;
Ser pomerano é saber buscar do fundo do baú as raízes do seu aqui e agora para construir um futuro logo ali com mais dignidade e justiça;
Ser pomerano é saber que ao som da concertina num casamento pomerano ou ao som do órgão num culto ao Senhor está a harmonia mais sagrada de nossas vidas;
Ser pomerano é saber que sou o sujeito e não objeto da nossa história e que assim com outros povos tradicionais deste país fazemos do Brasil o país mais diversificado e rico etnicamente.