
Uma caminhada na manhã de ontem pelas ruas de Vila Pavão chamou a atenção de toda população sobre a importância de não nos calarmos diante do abuso e exploração sexual infantil.
A caminhada em prol do 18 de maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, mobilizou moradores, alunos e professores das escolas Eeefm Professora Ana Portela de Sá, Emef Professora Esther da Costa Santos e Ceier. Com cartazes e palavras de ordem a passeada percorreu as principais ruas da cidade, indo se concentrar no centro da cidade, onde foi realizado um grande ato com esclarecimentos sobre a origem e importância da data, espetáculo de dança por adolescentes da Igreja Batista local e encenação teatral, organizado pelo Creas.
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O evento, organizado pela Prefeitura Municipal, por meio da secretaria de Assistência Social em parceria com o Cras, Creas, Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente e Conselho Tutelar contou a presença do prefeito Irineu Wutke, o vice-prefeito José Wilson Vieira, secretários municipais, ente outras autoridades.
Segundo relatório publicado há poucos dias na revista britânica The Economist, o Brasil é o 11º melhor colocado no ranking de abuso e exploração sexual infantil.
A secretária municipal de Assistência Social Alexsandra Holz Rossin destacou que a caminhada de mobilização em combate à exploração sexual infantil foi sucesso porque teve envolvimento da Prefeitura, secretarias, todos os serviços da Assistência Social, voluntários do Poder Público, sociedade civil, igrejas, Policia Civil e Militar, CDL e as escolas que se propuseram a trabalhar o assunto com os alunos. “Agradecemos o empenho de todos na luta contra esta violência e solicitamos a todos para falarem sobre o tema sempre e multiplicar esse conhecimento na família e na comunidade. Quanto mais falarmos sobre esse tabu, mais se perde a vergonha, e mais próximos estaremos da prevenção e de resultados concretos. Todos temos um papel nesse processo”, frisou.
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído em 2000, com base na Lei Federal 9.970/00, criada em decorrência do caso conhecido como “Crime Araceli”, ocorrido em 18 de maio de 1973, em Vitória (ES). O episódio, que ganhou ampla repercussão na mídia, retratou o drama da menina Araceli, de 8 anos, que foi raptada, drogada, violentada, morta e carbonizada por jovens de classe média da cidade, e que nunca foram punidos. Desde então as ações que marcam este dia visam mobilizar os diferentes setores da sociedade, governos e mídia sobre a urgência da proteção dos direitos de meninas e de meninos.




