Sem ter muito o que fazer, deputados e senadores do “centrão”, que ganhou peso e virou “Blocão” de 351 integrantes só na Câmara, nutrem ideia de cancelar as eleições municipais previstas para outubro e prorrogar o mandato dos atuais prefeitos. Parlamentares que participam do movimento, que ainda se encontra na categoria “fogo de monturo”, alegam que a crise do coronavírus inviabiliza a campanha eleitoral. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O “Blocão” pode aproveitar a PEC 56, de maio de 2019, que prorroga os mandatos municipais por dois anos para unificar as eleições no País.
A proposta que faz a alegria de prefeitos e vereadores é de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC).
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste domingo que não cabe a ele, como o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e sim ao Congresso Nacional, avaliar a proposta de alterar a Constituição e adiar as eleições municipais previstas para outubro, com a consequente prorrogação dos atuais mandatos de prefeitos e vereadores até 2022.
Barroso pondera, porém, que “a saúde pública é o bem supremo a ser preservado no país”, por essa razão “tudo o que possa impactá-la deve ser adequadamente avaliado.”