
A Polícia Civil e a Promotoria de Justiça de Nova Venécia, pediram a prisão preventiva de Allender Paixão e Braz Veloso Pianissoli, na tarde desta terça-feira (17), após a enfermeira agredida Géssica de Sá Soto prestar depoimento na delegacia de Nova Venécia, também neste dia.
Os dois foram detidos pela Polícia por volta das 17:20h e encaminhados para o Centro de Detenção Provisória de São Mateus, acusados de agredirem Géssica em uma festa na cidade de Nova Venécia, na madrugada deste domingo (15).
Depoimento
A enfermeira prestou depoimento na tarde desta terça-feira, dia 17, na Delegacia de Nova Venécia. Ela foi ouvida pelo Delegado Líbero de Penello por cerca de duas horas.
A advogada da agredida, Jaqueline Cazoti, falou sobre o depoimento. “A única coisa que a gente tem a dizer sobre esse caso é que é um caso de violência contra a mulher. Ela está muito machucada, tanto fisicamente, como psicologicamente. As investigações seguirão, no sentido de elucidar esse crime da melhor forma possível, conforme o trabalho que a Polícia Civil tem desempenhado”, disse.

Questionada sobre o trabalho que ela estará desenvolvendo, Jaqueline disse que será “de estar ajudando o desenrolar processual, a questão de elucidar quem são os responsáveis por essa barbárie que foi feita contra a Géssica e também de penalizar civilmente e materialmente os responsáveis por isso e indenizá-la dos prejuízos que ela sofreu”.
Quanto aos artigos que os acusados das agressões poderão ser enquadrados, Jaqueline foi cautelosa e preferiu não comentar. “Nesse momento, eu ainda não posso responder essa pergunta porque atrapalharia o desenrolar da investigação policial. Oportunamente, quando a denúncia já estiver sido oferecida e o processo judicializado, aí nós podemos tecer maiores considerações. Mas, por hora, o nosso objetivo é não atrapalhar o processo de investigação que está sendo realizado pela Polícia Civil”, finalizou Jaqueline.
A mãe de Géssica, Elizabeth Galvão de Sá, também acompanhou a filha no depoimento e falou como está se sentindo. “Meu coração está despedaçado. Às vezes, não tenho nem palavras para falar, porque o que fizeram com minha filha foi uma brutalidade. Tem três dias que ela não come e só bebe um pouquinho de água. Eu tenho que ficar olhando ela durante a noite toda para que ela não se engasgue”, disse.
Sobre a manifestação feita nas imediações da Delegacia de Polícia durante o depoimento, Elizabeth agradeceu. “Nos conforta muito. Agradeço a todos. Tem gente que me liga oferecendo ajuda e eu fico muito feliz com isso. Ao mesmo tempo que estou triste de ver minha filha daquele jeito, fico feliz de ver isso aí. Se Deus quiser, nós vamos vencer”.
Quanto à cirurgia no maxilar de Géssica, Elizabeth disse que a expectativa é que ela seja feita em breve. “O médico só está esperando desinchar mais. Ele passou mais remédio e amanhã irá fazer alguns exames. A expectativa é que seja feita até esta quarta-feira”, finalizou