
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB), é um dos membros do primeiro escalão do governo de Michel Temer (PMDB) contra os quais a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Bispo licenciado da Igreja Universal e presidente licenciado do PRB nacional, ele é capixaba de Linhares, cidade da Região Norte do Espírito Santo. A informação foi divulgada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quarta-feira (15).
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Marcos Pereira é o sexto ministro de Temer relacionado na chamada “lista do Janot”, segundo noticiado até então. Como os pedidos de inquérito ainda estão em sigilo, não se sabe exatamente o motivo que levou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a fazê-los.
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Faz parte do conjunto de declarações entregues pela empreiteira Odebrecht à Lava Jato, segundo reportagem publicada no mês passado pelo jornal O Estado de São Paulo, uma informação que pode comprometer o capixaba.
De acordo com o jornal, a Odebrecht citou que o ministro negociou R$ 7 milhões para seu partido, via Caixa 2, para o PRB na campanha de 2014. Os recursos teriam sido entregues em dinheiro vivo e serviram para comprar o apoio do PRB à campanha de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer.
O dinheiro fazia parte, segundo o jornal, de um pacote maior, que envolvia também a compra de apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa encabeçada por Dilma.
NOTA
O ministro Marcos Pereira enviou a seguinte nota.
“Com a ciência pela imprensa de que teria sido requisitada a abertura de inquérito policial, a contar de informações prestadas em colaboração processual, para apurar fatos de minha pretensa autoria, venho manifestar que, tão logo localize o procedimento investigatório, me colocarei à disposição das autoridades competentes para prestar os esclarecimentos necessários à elucidação da verdade, bem como fornecerei todos os documentos ao meu alcance aptos a afastar essa injusta conjectura. É importante reiterar que o Partido PRB teve suas contas devidamente aprovadas e não se tem conhecimento de qualquer recebimento de valor fora àqueles declarados à Justiça Eleitoral”.
Fonte: A gazeta.