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A Veneza está disponibilizando mais 100 vagas para produtores que quiserem melhorar a produção. O interessado deve procurar a Veneza, na diretoria, para fazer o devido cadastro e dar início ao projeto que realmente pode mudar a vida da família do produtor. Para atender a nova demanda, a Coopttec está realizando processo seletivo visando a contratação de mais quatro profissionais.
A aplicação da tecnologia dentro da propriedade rural é o caminho mais correto para o produtor que almeja aumentar a produção e melhorar a qualidade do leite. O projeto Leite Certo Veneza, implantado na Cooperativa em junho de 2013 com este propósito, atualmente atende 284 produtores rurais. Esse período foi o suficiente para provar que aqueles produtores que abraçaram a ideia, fizeram um ótimo negócio, sustentável e bastante rentável.
Quem participa do Leite Certo recebe assistência técnica a custo bastante reduzido e a garantia de sucesso na produtividade leiteira, que se somados, geram qualidade de vida ao homem do campo.
Com os investimentos em modernização, o produtor passa a aproveitar melhor a terra. Os profissionais técnicos da Coopttec, que prestam assistência aos pecuaristas, trabalham com foco na adubação das pastagens, melhoramento genético do rebanho, ração balanceada e concentrada e suplementação alimentar durante o período mais seco. A média de produtividade de quem trabalha da maneira correta, seguindo as devidas orientações do profissional, chega a ser até quatro vezes maior do que a nacional.
O engenheiro agrônomo, Jânio Laurindo, técnico e consultor, é um dos responsáveis pelas assistências. A cada mês ele acompanhando o ganho de peso, desmame precoce de bezerras e o manejo aplicado nas propriedades em que atende. “Alguns produtores sequer têm perspectivas de crescimento, mas quando entram para o Programa se deparam com outra realidade. Nossa meta é sempre aumentar a produção de leite e a qualidade do produto. Muitos consideram impossível, mas quando entendem nossa forma de trabalho se surpreendem com a produção que é mantida em alta o ano inteiro”, relata o consultor.
Atualmente, 12 profissionais se revezam para prestar assistência aos cooperados da Veneza. Uma equipe preparada para orientar o produtor da melhor maneira possível, dentro da realidade de cada um, fazendo com que não haja necessidade do mesmo se endividar para obter os resultados desejados.
O Programa Leite Certo é fruto de uma parceria firmada entre VENEZA, SEBRAE-ES, OCB-SESCOOP/ES e COOPTTEC.
Estabilidade na produção
A estiagem é uma realidade vivenciada ano a ano na região onde os cooperados da Veneza estão instalados e uma maneira de lidar com esse fenômeno sem prejuízos, é trabalhar a alimentação correta dos animais.
Os participantes do programa Leite Certo são orientados a plantar cana, milho ou sorgo, uma medida fundamental para atravessar o período mais seco. Com o plantio, o produtor pode optar pelo corte e trituramento do vegetal no dia a dia ou até mesmo fazer silagem. A medida é muito utilizada atualmente para suprir possíveis quedas no capim.
Mantendo a produção em alta o ano inteiro, faça chuva ou faça sol, o produtor rural pode fazer um planejamento mais detalhado de sua rotina, o que gera mais qualidade de vida para toda a família. A atividade leiteira é a única fonte de renda no meio rural em que o homem do campo recebe pagamento a cada mês.
Iniciativa evita sazonalidade
A atividade leiteira vive hoje uma nova realidade. A correta maneira de produzir já não é mais como antigamente, a pasto aberto. Os antigos e tradicionais sistemas de produção de leite, com a utilização de pastagens extensivas, na grande maioria das vezes utilizam forrageiras pouco produtivas e de baixa qualidade, manejo inadequado e pouco potencial produtivo. Observa-se nessas pastagens muita degradação que é resultante do processo de esgotamento da fertilidade do solo. Como consequência o produtor tem grande perda na produtividade e no rendimento da atividade.
Para o zootecnista Robson Pereira Santana os pecuaristas de leite que não se atualizarem, com o tempo vão ficar de fora do mercado leiteiro. “Não dá mais para trabalhar com pastagens extensivas para produzir leite. Isso é uma agressão ao meio ambiente, além de não ser lucrativo para o produtor manter um animal produzindo pouco. Com os novos sistemas tecnológicos podemos mais do que dobrar a produção utilizando os mesmos animais”, alerta o técnico.
O ideal é que o pecuarista de leite trabalhe a formação da pastagem com divisão dos piquetes para pastejo rotacionado, irrigação, adubação e manejo da pastagem, assim como orienta o programa Leite Certo.
Baixo custo ao produtor participante
O cooperado interessado em participar do programa Leite certo Veneza, não precisa tirar dinheiro do bolso. O Sebrae paga 80% do valor do técnico responsável pela assistência, a Veneza custeia outros 10%, ficando para o produtor apenas os outros 10% do valor.
Vale lembrar que o produtor que participa do Programa recebe até seis centavos de bonificação a mais por litro de leite se atender aos padrões de qualidade. Ou seja, basta aplicar e desenvolver bem o projeto que o próprio Programa se paga a ainda sobra dinheiro para o produtor rural.
Persistência é garantia de sucesso
Mesmo diante de bons resultados a partir dos investimentos, é importante que o produtor dê continuidade às atividades iniciadas. De acordo com o presidente da Coopttec, Wellington Luiz Pompermayer, o sucesso está na persistência. “Primeiramente o produtor precisa ter vontade de mudar. É imprescindível que coloquem em prática as orientações de nossa equipe técnica. O leite é uma atividade que precisa de assistência todos os dias e a tecnologia inova a cada momento. Precisamos acompanhar essa evolução. Não adianta querer entrar e achar que as coisas irão melhorar sem esforço”, relatou Pompermayer.Geralmente um programa de consultoria em pecuária leiteira leva cerca de cinco anos para que o investimento se estabilize e os resultados apareçam. Mas a evolução dos dados técnicos apresentados pelo programa mostra que o Leite Certo já contribuiu muito para o fortalecimento da bacia leiteira da região. Uma prova disso é que vários produtores que estavam decididos a abandonar a atividade se reanimaram e decidiram permanecer ao perceberem que o leite é bastante viável e o retorno financeiro é rápido.