Edição Vila Notícias
Apesar de muitas mudanças na composição da nova bancada capixaba na Câmara dos Deputados, a representatividade dos partidos não sofreu grandes alterações. A reeleição de quatro dos atuais deputados federais e a eleição de novos deputados, mas de partidos já representados, garantiu a permanência de PMDB, PSB, SD, PDT, PSDB, Pros e PT na bancada. Houve,porém, mudanças de perfil.
A mudança mais sentida é a saída da deputada federal Rose de Freitas da disputa. A peemedebista, após seis mandatos na Câmara, disputou o Senado. O partido elegeu em 2010 dois deputados, Rose e Lelo Coimbra, mas em dois momentos o partido ganhou seu terceiro representante, Camilo Cola. Isso graças à aliança com PSB e PT na última eleição.
A peemedebista primeiro ocupou a suplência de Iriny Lopres (PT), que no início deste mandato foi nomeada secretáriaa Especial da Mulher, no governo Dilma. Camilo, posteriormente, ganhou definitivamente a vaga, com a renúncia de Audifax Barcelos (PSB), eleito para a Prefeitura da Serra, em 2012. Na eleição deste ano, apenas Lelo Coimbra, do PMDB, se reelegeu. Por isso o partido teve uma queda de três para um deputado.
O PSB elegeu Audifax, como o deputado federal mais votado de 2010, e Paulo Foletto. O partido este ano apenas reconfirmou Foletto na bancada. O candidato Vandinho Leite, um dos favoritos na disputa, acabou ficando pelo meio do caminho, frustrando os planos do PSB de manter dois deputados na bancada.
O PDT, em 2010, elegeu três deputados federais: Sueli Vidigal, que foi a segunda mais votada do Estado; e os deputados Jorge Silva e Manato. Os dois últimos mudaram de partido, respectivamente para o Pros e o SD, siglas criadas no ano passado. Ambos garantiram suas reeleições para o novo mandato.
O PDT ficou com uma deputada. Houve uma mudança na composição, mas o partido manteve a representatividade. Em vez de Sueli, quem disputou foi o ex-prefeito da Serra, Sergio Vidigal, sendo o mais bem votado desta eleição.
No PSDB, também houve mudança da representatividade, mas o partido garantiu a permanência na nova legislatura. Em vez de César Colnago, que será o vice-governador a partir de janeiro, quem se elegeu na vaga foi o ex-prefeito de Vila Velha, Max Filho.
O PT dobrou o tamanho de sua bancada, de carona na grande votação de Sergio Vidigal, devido à aliança com o PDT, o partido, que era representado pela deputada Iriny Lopes, ganhou duas vagas, com o ex-prefeito de Cariacica Helder Salomão, e com o atual vice-governador Givaldo Vieira.
Dois partidos do Estado ganharam representação na bancada: o PV com Evair de Melo e o PP, com o ex-deputado federal Marcus Vicente. Os dois conquistaram as vagas graças à costura de uma chapa equilibrada, que deu competitividade aos candidatos da frente. O único partido que perdeu representatividade foi o PSC, com a desistência da deputada federal Lauriete de disputar a reeleição.
Segundo o site da Câmara dos Deputados, a renovação na Casa atingiu a marca de 43,5% (incluindo nesse índice deputados que, em algum momento, já exerceram mandato na Câmara). Esse percentual é um pouco menor do que o verificado em 2010, que chegou a 46,4%.
Historicamente, a média de substituição na Casa fica sempre em torno de 40% a 50%. Na bancada capixaba o índice é de 60% de renovação. O número de partidos representados subiu de oito para nove.
No geral, o número de partidos com representação na Casa passou de 22 para 28. Dos atuais 32 partidos registrados na Justiça Eleitoral, apenas quatro agremiações (PSTU/PCB/PCO/PPL) não elegeram representantes. Seis agremiações (PHS/PTN/PTC/PSDC/PRTB/PSL) que não tinham representação na Câmara passarão a ter em 2015.
Fonte: Século Diário