Vila Notícias - por Marluce Furtado de Oliveira Moronari
Sempre acreditei que a escola deveria ser um ambiente que primasse pela igualdade, justiça e solidariedade, sendo que neste espaço já se refletia os diversos conflitos sociais existentes na nossa sociedade e que deveríamos proporcionar, através da educação, mecanismos que revertessem a lógica imperialista deste sistema e, portanto tínhamos como dever sagrado de mostrar que uma outra sociedade é possível.
Porém o que temos observado nos últimos anos é que a escola tornou-se apenas mais um espaço de reprodução pura e simples de uma sociedade governada por políticos ávidos por poder e capazes de desvirtuar todo e qualquer espaço capaz de promover mudança significativa na sociedade.
A escola passou, nos últimos anos, a ser palco de disputas políticas, onde vale a lei do mais forte, somos todos “peças” disponíveis e descartáveis manipuladas para atender vontades alheias a educação.
O papel mais sublime da escola deveria ser promoção e divulgação do conhecimento, porém vemos tal objetivo relegado ao segundo plano, sendo prioridade “orquestrar” ações que garantam o poder vigente, manipulando informações e redirecionado objetivos de forma a demonstrar para os mais leigos que todas as ações atendem a “qualidade da educação”.
No último ano a mídia tem mostrado diversos protestos de diversos setores sociais que se alastram de norte ao sul do Brasil, demonstrando a indignação frente aos desmandos políticos, que historicamente foram mantidos e alimentados à custa da ignorância da maior parte de nossa população, estamos caminhando para mudanças e precisamos acreditar que outra sociedade é possível, que existem pessoas honestas que lutam pelo coletivo e priorizam o bem comum, mesmo que a nossa volta tenhamos que conviver com pessoas que foram corrompidas pelo sistema capitalista e são capazes de passar por cima de tudo e de todos para garantir o seu “lugar ao sol”.