A Páscoa, cujo significado em hebraico é “passagem”, remonta à saída do povo hebreu da escravidão no Egito, liderada por Moisés. Segundo o Livro do Êxodo, os israelitas foram orientados a marcar suas portas com o sangue de um cordeiro sacrificado, sinal de proteção durante a última das dez pragas. A refeição apressada, com carne assada e pães ázimos, simbolizava a urgência da libertação. Esse evento, celebrado como memorial perpétuo (cf. Ex 12), marcou o início da jornada rumo a Canaã, a terra prometida.
A Páscoa cristã, enraizada na tradição judaica, ganha novo significado com Jesus. Durante a Última Ceia, realizada no contexto da Páscoa judaica, Ele reinterpreta o ritual: “Isto é o meu corpo… meu sangue derramado por vós” (Lc 22, 19-20). Sua morte e ressurreição tornam-se a “passagem” definitiva da morte para a vida, substituindo o sacrifício de cordeiros pelo seu próprio. Paulo, em Romanos (6, 4), liga esse mistério ao batismo, no qual os cristãos renascem para uma “vida nova”.
Celebração Dominical e Missão Contínua
Os primeiros cristãos passaram a celebrar a Eucaristia no domingo, “dia do Senhor” (At 20, 7), commemorando a ressurreição. A Páscoa não é apenas esperança futura, mas um chamado a transformar o presente, renovando a sociedade à luz do amor cristão (cf. Ap 21, 5).
Feliz e abençoada Páscoa a todos!