
Um homem de 20 anos e sua companheira, uma mulher trans de 32, foram executados a tiros na noite do sábado de Aleluia (19), em uma estrada rural de Barra de São Francisco, Noroeste do Espírito Santo. As vítimas, identificadas como Natan Lima Bolzan e Valquíria Ferreira da Silva, estavam em uma motocicleta quando foram surpreendidas por disparos a cerca de 300 metros de uma rinha de galo clandestina, local onde haviam estado minutos antes.Segundo a Polícia Militar, testemunhas relataram que o casal tentou fugir após os primeiros tiros, mas não resistiu aos ferimentos. Valquíria, que pilotava a moto, foi atingida por dois projéteis no peito. Natan, que estava na garupa, sofreu três disparos – nas nádegas, no peito e na perna. Os corpos foram encontrados separadamente: ele no quintal de uma casa abandonada; ela na vegetação à beira da estrada.
Possível motivação
Investigadores apontam que o crime pode estar ligado a uma desavença ocorrida dias antes em uma rinha de galo em Mantena (MG). De acordo com relatos colhidos pela PM, Valquíria teria agredido um homem no local, e ele estaria presente no evento em Barra de São Francisco no dia do crime. Testemunhas afirmaram que o suspeito teria dito que “queria ver se Valquíria teria coragem de dar um soco nele” novamente.Ao deixarem a rinha, o casal foi interceptado. O atirador, ainda não identificado, efetuou os disparos enquanto eles fugiam. A Polícia Civil investiga o caso como homicídio doloso e busca o autor, que permanece foragido.
Natan e Valquíria moravam juntos há três anos em Água Doce do Norte (ES). O pai do jovem confirmou a união e aguarda a liberação dos corpos, encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Colatina.A Polícia Civil reforçou a importância de denúncias anônimas para elucidar o crime. Informações podem ser repassadas pelo **Disque-Denúncia 181 ou no site disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível anexar imagens e vídeos. O anonimato é garantido.O caso segue sob responsabilidade da Delegacia Regional de Barra de São Francisco. Até o momento, não há previsão de prisões.