Pela professora Marluce Furtado de Oliveria Moronari
A educação no Espírito Santo se encontra em um “tabuleiro de xadrez” onde os governantes manipulam seus “peões” para conseguir o que querem, e para isso, criam regras novas a todo o momento sem consultar os verdadeiros interessados. É inconcebível a falta de respeito que muitas autoridades têm com o funcionário público, principalmente com os educadores.
Alguns processos para garantir os direitos trabalhistas dos educadores, arrastam-se anos, e ninguém, se preocupa com a morosidade desses processos, contudo para decretar a ilegalidade de uma manifestação legítima movimenta-se todo o judiciário, inclusive nos finais de semana, para impedir o exercício justo da categoria de manifestar a insatisfação em relação ao descaso sofrido durante os últimos anos.
Mesmo com toda falta de infraestrutura (falta de laboratórios de Ciências, Informática, bibliotecas, compartilhamento do mesmo espaço com a rede municipal), os educadores ainda se preocupam em trabalhar com empenho para atingir índices cada vez mais elevados em educação, prova disto é o desempenho no PAEBES, que se encontra entre um dos mais altos do Estado de Espírito Santo. O IDE, índice de Desenvolvimento da Educação, publicado nesta quinta feira17/04/2014 no Diário Oficial demonstra que a escola Ana Portela atingiu o IDE de 71,96, com IMU de 96,50%, se encontrando entre as quinze melhores escolas no Estado do Espírito Santo, em um total de 506 escolas estaduais sendo a melhor escola de Ensino Médio da SRE de Nova Venécia.
Contudo apesar de demonstrar na prática nosso empenho com a educação ainda não somos valorizados pelos nossos dirigentes. Precisamos usar a força que temos para também formar alunos críticos e participativos, principalmente em relação aos seus direitos políticos.
Neste ano de eleição precisamos incluir mais um tópico em nosso conteúdo, focando os direitos e os deveres do cidadão. O jogo ainda não acabou e podemos juntos dar um XEQUE – MATE na forma de governar esse estado.
É pela educação que se forma uma sociedade e é nas urnas que começamos a desenhar essa nova sociedade.