Redação Vila Notícias
Em contraste com as outras regiões produtoras do país, a safra cafeeira no Espírito Santo teve um aumento significativo. A constatação é do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER que prevê para este ano um aumento da safra do café Conilon, especialmente na região norte capixaba e redução da safra nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Pesquisadores do instituto destacam que a previsão da safra nacional, inicialmente estimada em 48 milhões de sacas, foi reduzida a 40 milhões de sacas.

Enquanto houve seca em grandes estados produtores como São Paulo e Minas Gerais, no Espírito Santo, a abundância de chuvas que atingiu a região norte do estado, em dezembro de 2013, foi benéfico para as lavouras. Segundo o Incaper, no estado, a safra deve chegar a 12 milhões de sacas, sendo que 80% desse total é de café conilon.
Safra de 2014 em Vila Pavão foi boa
O Instituto ainda não divulgou os dados numéricos da safra 2014, mas a previsão é que realmente houve aumento na produção cafeeira da região, garantem os técnicos. E Vila Pavão, de acordo com o Chefe do escritório local do Incaper, Rogério Durães de Oliveira, foi um dos municípios produtores que se beneficiou das condições climáticas favoráveis, com uma produção que chegará bem perto da safra de 2012, a maior dos últimos anos.
O aumento na produção no município, segundo o técnico, não deve ser atribuído somente aos fatores climáticos, mas também ao aumento do parque cafeeiro local, renovação das lavouras e aos tratos culturais, como adubação, controle de pragas e as podas. Nesse particular, ele destaca que o produtor pavonse se conscientizou da importância dos tratos culturais na lavoura. “Os produtores incorporaram à atividade o hábito de podar as lavouras logo após a colheita. Hoje em, em torno 95% deles, fazem esse serviço que sem dúvida é importantíssimo para o fortalecimento das lavouras”, diz.

Aumento na produtividade
A realidade cafeeira em Vila Pavão não é a mesma de alguns anos atrás, quando as lavouras, se comparadas a outros parques cafeeiros deixavam muito a desejar. “No passado, a média de produtividade no município girava em torno de 25 sacas por hectare. Atualmente, essas média saltou para 45 a 50 sacas por hectare. Existem lavouras no município que atingem a incrível marca de até 130 sacas por hectare”, garante o chefe do Incaper local.
Levantamentos do instituto, Indicam que a cafeicultura que sempre foi o carro chefe da economia local está passando por reformulação e renovação. A área plantada não aumentou muito. O que ocorre segundo o incaper é que as lavouras velhas estão sendo substituídas por lavouras novas com mudas de alta produtividade e mais resistentes às pragas. Outros fatores que têm contribuído para a elevação da safra no município são a incorporação de movas técnicas pelo agricultores, como análise do solo, irrigação e os tratos culturais: adubação, controle de pragas e as podas, feitas logo após, a colheita.
Os produtores, a grande maioria, agricultores familiares, dispõem atualmente de assistência técnica. Hoje é comum os agricultores, antes de formarem suas lavouras, fazerem analise do solo para corrigir as deficiências nutricionais da terra e assim se obter uma colheita satisfatória.