
A área total dos cafezais do Brasil deve ficar praticamente estável em relação ao ciclo passado. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os 2,23 milhões de hectares estimados representam um crescimento de apenas 0,2%. Desse total, 331,82 mil hectares (15%) estão em formação e 1,9 milhão de hectares (85%) em produção.
O café arábica deve ocupar uma área 1% maior e totalizar 1,77 milhão de hectares, com uma queda dos cafezais em produção e forte crescimento das lavouras em formação. “Nos anos de ciclo de bienalidade negativa a área em formação aumenta, uma vez que os produtores optam por manejar as culturas, especialmente as áreas mais velhas, onde a produtividade é menor”, explica o relatório.
Perda no ES
Já a área plantada com café conilon deve cair 2,8%, totalizando 450,8 mil hectares. Bastante afetado pela falta de chuvas, o estado do Espírito Santo, principal produtor da variedade, deve sofrer a maior redução.
“O forte estresse hídrico das duas últimas safras provocou a erradicação de muitas lavouras, sendo que não houve mudas disponíveis para replantio de toda a área planejada”, destaca a Companhia.
De modo geral, a produtividade deve cair nesta safra. Os técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento esperam um rendimento de 4,9% a 12,6% menor. Na mais otimista das hipóteses, cada hectare deve render 25,05 sacas de 60 quilos. Para as lavouras de café arábica, a estimativa varia entre 23,48 e 25,40 sacas por hectare. No conilon, entre 21,33 e 23,78 sacas por hectare.