A comunidade pavoense deixa uma homenagem ao Pastor Dalla Barba
Um dos pastores que atuou em Vila Pavão pouco tempo, de 1972 a 1974, faleceu no Sul do Brasil. Ele e sua esposa dona Wanda Dalla Barba residiram em Vila Pavão aproximadamente por dois anos, mas deixaram marcas nesta cidade.Iniciaram diversos trabalhos voluntários no município.
O Pastor Emérito Rosalvo Dalla Barba faleceu às 6h da última segunda-feira, 19 , seu corpo foi velado na cidade de Ivoti (RS) e foi sepultado no Cemitério Evangélico de Novo Hamburgo.
Rosalvo Dalla Barba nasceu em 17/06/1921 em Passo Fundo e tinha três filhos biológicos e mais quatro adotivos. Dois adotivos eram de Vila Pavão. Foi ordenado ao Ministério Pastoral em 1973. Atuou na Comunidade Evangélica de Picada 48 Baixa, RS de 1974 a 1988. Foi presidente do Conselho comunitário de Pró-segurança Pública (Consepro).
Atualmente ele morava no Lar do Idoso do Hospital São José, em Ivoti. Dalla Barba foi o primeiro pastor brasileiro a trabalhar em Vila Pavão e foi o sexto pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) da comunidade pavoense. Assumiu em 1972 e fundou pontos de pregação em Barra de São Francisco.
Dalla Barba usava o carro da igreja para levar doentes para Nova Venécia e neste período fundou uma Maternidade na sede da igrejona, pois estava indignado com o alto índice de mortalidade infantil no município. Fundou uma Associação Beneficente e também o primeiro Posto de Saúde em Vila Pavão, com sede na igrejona.
Na enchente de 31 de outubro de 1973 em Vila Pavão, Dalla Barba coordenou um mutirão para atender e ajudar as pessoas desabrigadas.
Foi o primeiro pastor que juntamente com a esposa Dona Vanda levou os primeiros pavoenses a estudar no Rio Grande do Sul. E lá eram um verdadeiro pai para todos capixabas que iam estudar. Só para citar “Eu Jorge Kuster Jacob e o pastor Aroldo Felberg recebemos esse carinho desse pastor que amava o povo capixaba”. Anos depois esteve visitando Vila Pavão e disse: “Vila Pavão é uma das poucas cidades do Brasil que não se vê mendigos nas ruas e não tem favela”.
Por Jorge Kuster Jacob e Eliana do Nascimento