Por Vander Vigne
O Espírito Santo já arrecadou, este ano, mais de R$ 4 bilhões em impostos. No Brasil, esse número já passa dos R$ 665 bilhões.
Nesta semana, os Estados Brasileiros, promovem o Dia da Liberdade de Impostos, também no Espírito Santo. O objetivo da ação é chamar a atenção da sociedade para a alta carga tributária brasileira e conscientizar a população sobre a necessidade de exigir transparência no uso dos recursos públicos. O povo paga impostos altos em todos os produtos e recebe serviços de saúde, educação, segurança e outros de baixa qualidade.
Vale lebrar que, de acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o número de dias trabalhados para pagar tributos aumentou desde os anos 1970. Em dias médios trabalhados por ano somente para pagar tributos, as pessoas levavam 76 dias (2 meses e 16 dias) na década de 70; já em 80 foram 77 dias (2 meses e 17 dias); 102 (3 meses e 12 dias) na década de 90; atualmente, é necessário trabalhar mais de quatro meses para quitar esses tributos, são, ao todo, 145 dias.
Diante desta realidade, os postos de combustíveis promovem uma campanha de gasolina sem imposto por algumas horas, apenas como forma de conscientização.
Como se tanto imposto não bastasse, agora já estamos pagando pedágios para viajar pelas estradas do Espírito Santo, e com uma agravante: As companhias cobradoras nem mesmo começaram alguma obra de melhoria nas estradas capixabas. Pagamos para construção de ‘pontes de pedágio’.
Outro fato revoltante na cobrança dos pedágios é que , por exemplo, um motociclista de uma moto básica, paga hoje cerca de 500 reais de taxas anual ao DETRAN, ou seja 10% do valor da moto nova. Aproximadamente em 10 anos ele pagará uma moto Nova só de taxas. Isso porque, apesar do valor do bem depreciar, as taxas são reajustadas anualmente. Fato parecido ocorre com os carros.
Penso que um povo que já paga tantos impostos, pedágio já é aproveitar da tolerância do brasileiro.Enfim, como diria o pensador “O imposto é a arte de pelar o ganso fazendo-o gritar o menos possível e obtendo a maior quantidade de penas.”
O que efetivamente se comprova nas praças de pedágios, é uma demora maior para se chegar ao destino final.