
Novas informações sobre a morte da vocalista da banda Calcinha Preta, divulgadas pelo jornal ‘Diário do Nordeste’ – têm repercutido na internet.
A questão é que o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indicou 16 substâncias encontradas no corpo de Paulinha que teriam causado a morte precoce dela – uma mulher jovem e aparentemente saudável.
Diante disso, a polícia está investigando os profissionais, qualificados ou não, que receitaram os medicamentos encontrados no corpo da cantora.
A depender do andamento das investigações, eles poderão responder por homicídio e estelionato. A Justiça pode entender que essas substâncias foram prescritas para Paulinha na tentativa de obter uma vantagem ilícita.
Mesmo que não tenha tido a intenção de matar, as pessoas que receitaram as substâncias para Paulinha Abelha podem responder por homicídio e pegar uma pena que varia de seis a 20 anos de cadeia.
Outra possibilidade é o juiz considerar a forma culposa, como negligência, imprudência ou imperícia, e diminuir a pena para entre um e três anos.
Não para por aí! Os responsáveis podem ser condenados por estelionato se a Justiça julgar que a prescrição das substâncias foi feita para obter uma vantagem ilícita. Nesse caso, a pena é de reclusão de um a cinco anos, além de multa.
Além disso, profissionais que receitaram medicamentos nocivos à saúde para Abelha podem ser julgados de acordo com os códigos de ética de suas profissões – podendo receber pena de detenção de seis meses a dois anos.
Algumas das substâncias utilizadas e encontradas pela perícia eram anfetaminas (substâncias sintéticas estimulantes que aumentam o estado de alerta) e barbitúricos (substâncias depressoras do Sistema Nervoso Central, são usados como antiepilépticos, sedativos, hipnóticos e anestésicos).
Segundo a Record TV, vários medicamentos que Abelha fazia uso haviam sido prescritos por uma nutróloga que acompanhava a cantora. Todos eles, apesar de serem indicados para outras condições, eram usados com o objetivo de emagrecer.
Entre eles estavam: antidepressivo, um redutor de apetite, calmantes naturais, estimulantes, cápsulas para memória e uma fórmula que promete reduzir medidas, manipulada com a erva asiática Garcinia cambogia.
Um desses remédios era um tarja preta muito usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH), mas que tem como efeitos colaterais a redução de apetite, perda de peso, náuseas e vômito.
Esse medicamento, inclusive, é uma substância “potencialmente hepatotóxica”. O que isso significa? Ele pode causar danos ao fígado que podem levar até à hepatite fulminante.