
Edição Vila Notícias
A derrota vexatória por 7 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira diante da Alemanha não será esquecida. Foi a maior já sofrida por uma equipe campeã do mundo em todas as copas já disputadas. Também nunca houve antes outro placar tão dilatado contra uma seleção anfitriã de um Mundial. A própria equipe nacional jamais havia perdido, para qualquer adversário, sofrendo tantos gols. Não há, portanto, desculpas ou subterfúgios para contornar a dimensão do desastre ocorrido no Mineirão. O que não significa que a Copa do Mundo no Brasil não continue a ser um sucesso espetacular.
Nas muitas distorções cometidas na cobertura jornalística do Mundial, as duas linhas principais de erros foram o ufanismo com que o Seleção Brasileira foi tratada e o pessimismo embutido nas notícias anteriores ao início da Copa. O certo, sabe-se agora, seria o contrário.
No Brasil real, o povo recebeu a competição de braços abertos, encantando os turistas estrangeiros e fazendo seguidas festas em homenagem à Seleção. Por mais que a mídia tradicional tentasse fazer da Copa uma prévia das eleições presidenciais de outubro, na qual o governo seria sacrificado em praça pública, o que aconteceu foi o apoio maciço do público à competição, à Seleção e ao próprio País. O vandalismo projetado não aconteceu, e todas as aglomerações de milhares de pessoas foram pacíficas e alegres. Esta característica já está marcada na história da Copa no Brasil: a alegria popular. (Brasil 247)