Na última sexta-feira (23 de agosto) a Polícia Civil (PC) concluiu a investigação sobre a morte da cabeleireira Valéria Ferrugini, a Tetéia, assassinada dentro de casa, no Centro da cidade de Nova Venécia.
Tetéia tinha 58 anos e, no dia 23 de julho, foi morta com requintes de crueldade. Três suspeitos da autoria do crime, de 18, 22 e 52 anos, que foram presos horas depois do crime, foram indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte). Uma quarta pessoa suspeita de envolvimento está sendo procurada.
As investigações apontaram, ainda, que Tetéia foi estuprada. No entanto, um laudo vai apontar quem cometeu o abuso sexual.
Os três presos, no dia seguinte ao crime, foram autuados em flagrante e encaminhados ao presídio, onde permanecem.
Segundo o delegado Willian Dobrovoski, que conduziu as investigações, as provas que embasaram o indiciamento foram obtidas, principalmente, pela análise de imagens de câmeras de segurança da rua onde aconteceu o assassinato.
As câmeras registraram a movimentação de entrada dos suspeitos na residência da vítima, assim como a saída deles com objetos roubados dela.
A Polícia Civil, ainda, busca identificar o quarto suspeito que participou do crime. Segundo a Polícia, seu papel teria sido o de ajudar a retirar os objetos roubados de dentro da casa.
De acordo com a perícia, Tetéia foi agredida com muitas pancadas na cabeça e, ainda, foi sufocada, resultando em traumatismo craniano e asfixia, ficando sem nenhuma chance de defesa.
Segundo a investigação, os envolvidos ficaram por uma hora dentro da casa: “O nosso desafio é tentar entender o que aconteceu neste período de uma hora. Foi uma cena muito violenta”, disse o delegado Willian. Ele falou, também, que os suspeitos aparecem nas imagens comemorando o crime que haviam acabado de cometer.
Marcas de chinelo, no local do crime, chamaram a atenção da perícia que localizou os chinelos com os suspeitos de 18 e 22 anos. Sendo que o mais jovem é de Cariacica e estava há pouco tempo em Nova Venécia. À Polícia, ele disse que o de 22 anos o chamou para cobrar uma dívida.
O mais velho do grupo, de 52 anos, informou ao delegado que seu papel foi de dirigir e levar o grupo ao local. No entanto, a Polícia não acredita na sua versão, uma vez que havia mancha de sangue no carro. Para a PC, ele estava ciente de que estava ali para ocorrência do crime.
O corpo de Tetéia possuía sinais de violência, possivelmente com corte feitos por arma branca, e estava com as mãos amarradas por cordas, em sua própria cama, e nua da cintura para baixo.
Depois da análise do material coletado, foi constatado que havia sangue e sêmen no corpo da vítima, o que leva à conclusão de que houve estupro. Agora, a Polícia aguarda um laudo para identificação do autor.
O delegado esclareceu que: “Foram identificadas marcas de sangue na vítima, indicando que houve uma relação não consentida. Neste cenário, há indicativo de estupro. Agora, precisamos delimitar quem praticou esse crime”.
Dobrovosk informou, ainda, que a Polícia Civil vai continuar acompanhando o caso.
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