
Uma mulher de 41 anos foi presa nesta terça-feira (26) no Terminal de Itaparica, em Vila Velha, na Região Metropolitana de Vitória, suspeita de explorar sexualmente crianças e adolescentes – entre elas, suas duas filhas – nos estados do Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas e Pernambuco. Ela era procurada pela Justiça desde abril deste ano.
De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a mulher, natural de Teixeira de Freitas (BA), é investigada por aliciar menores em situação de vulnerabilidade para prostituição e também para a prática de furtos e assaltos. A prisão ocorreu após ela ser identificada por um sistema de reconhecimento facial.
As investigações apontam que os crimes foram cometidos ao longo dos últimos nove anos. Entre as vítimas estão as duas filhas da acusada, que na época tinham 11 e 13 anos. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados para preservar a identidade das crianças, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Além da exploração sexual, a mulher responde por abandono de incapaz. Em 2018, ela teria abandonado outros dois filhos, então com 5 e 9 anos, sozinhos em casa, sem condições básicas de sobrevivência. As crianças foram resgatadas pelo Conselho Tutelar.
Segundo as autoridades, a mulher recrutava as vítimas em contextos de vulnerabilidade social e as levava para trabalhar em prostíbulos ou à beira de estradas, ficando com o dinheiro obtido por meio da exploração. A dificuldade em localizá-la deveu-se à falta de residência fixa – ela morou em diversas cidades dos cinco estados onde atuava, incluindo Linhares, Pedro Canário e Vila Velha (ES), Teixeira de Freitas e Medeiros Neto (BA), Maceió (AL), Nísia Floresta e Natal (RN), e Recife (PE). Atualmente, residia no bairro Terra Vermelha, em Vila Velha.
A mulher foi levada para a Delegacia Regional de Vila Velha e, na quarta-feira (27), transferida para o Centro Prisional Feminino de Cariacica, onde aguarda julgamento. Ela responderá pelos crimes de exploração sexual infantil, corrupção de menores e abandono de incapaz. De acordo com a Secretaria de Justiça do Espírito Santo, ela não tinha passagens anteriores pelo sistema prisional do estado.