A produção cafeeira no Espírito Santo, neste ano, ao contrário das outras regiões produtoras do país que poderão ter queda de até 18%, poderá ter aumento de pelo menos 5%. As informações são do Grupo Técnico do Café (GTEC), apoiado pela Syngenta, que reúne mais de 200 profissionais da cadeia do café, incluindo pesquisadores do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), divulgadas no início de abril, em Poços de Caldas, Minas Gerais.
A previsão inicial da safra brasileira de café para 2014 era de 48 milhões de sacas. No entanto, devido à seca associada a altas temperaturas nas principais regiões produtoras do país (Sul, Cerrado e Matas de Minas, Centro Oeste Paulista e Mogiana de São Paulo e Sul e Caparaó do ES), considerada uma das mais drásticas dos últimos 30 anos, a estimativa para 2014 será cerca de 40 milhões de sacas.
Por outro lado na região norte do Espírito Santo, ocorreu fenômeno climático inverso que favoreceu as lavouras. A previsão para norte capixaba nesta safra cafeeira, é que haja um aumento na produção na ordem 1,0 milhão de sacas em relação a 2013. Já na Região Sul Caparaó, poderá haver perdas semelhantes aos números nacionais.
Segundo o estudo, a Região Norte do Estado, que produz 80% do conilon, não sofreu muito com déficit hídrico. Houve boa florada e adequada precipitação e distribuição de chuva até dezembro. As lavouras estão bem vigorosas, pois houve grande volume de chuvas no final do ano passado e também chuvas isoladas, com bastante frequência em janeiro e fevereiro. Dessa forma, para a Região Norte, estima-se um aumento de produção na ordem 1,0 milhão de sacas em relação a 2013. Já na Região Sul Caparaó, estima-se que haja perdas semelhantes aos números nacionais.
Cafeicultura em Vila Pavão
Segundo Informações do Incaper, Vila Pavão que atualmente possui uma área plantada de aproximadamente 10.300 ha, produzirá nesta safra de 2014, cerca de 350 mil sacas piladas, com produtividade de 34,5 sacas por ha, lembrando que existem no município produtores que vem alcançando uma produtividade em suas lavouras de 80 a 100 sacas por ha.
Esse aumento da produtividade, segundo o chefe do escritório local do Incaper, Wantuil Luiz Cordeiro, deve-se à renovação das lavouras velhas por clones mais produtivos desenvolvidos pelo próprio Incaper, como por exemplo, a variedade Vitória, aliado aos tratos culturais que os produtores têm aplicado em suas lavouras como: podas programadas, irrigação, melhoria na adubação, preparo do solo com adensamento e acompanhamento técnico.
Além dos fatores climáticos favoráveis ocorridos no ano passado, outro fator que vem contribuindo para o aumento da produção no município, segundo Wantuil, é o trabalho de pesquisa e assistência pelos técnicos do Incaper que desenvolvem práticas sustentáveis visando o aumento da produtividade e melhoria da qualidade do produto, colaborando assim, para uma melhor qualidade de vida dos cafeicultores do município e de todo o estado