Os números do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017, divulgados na última segunda-feira (3), colocam o município de Vila Pavão em posição de destaque no Estado do Espírito Santo, quando se trata de educação nas escolas da Rede Municipal.
O ensino médio do Espírito Santo ficou em primeiro lugar do Brasil no Ideb. Quando avaliada apenas a rede pública estadual, o estado ficou atrás apenas de Pernambuco.
Ranking Municipal do Ideb
Dos 65 municípios capixabas avaliados, 53 não atingiram a meta na Rede Municipal. Vila Pavão pelo contrário, nos anos iniciais (1º ao 5º ano) obteve resultado de 6,8 pontos, batendo a sua própria meta que era de 5,8, obtendo a terceira colocação, ficando atrás apenas de Mantenópolis e Águia Branca que também obteve a média de 6,8. Nos anos finais (6º ao 9º ano) obteve, 5,7 pontos, cresceu, não atingiu a meta de 5,8, mas, mesmo assim, ficou em segundo lugar no ranking estadual, atrás apenas do município de Domingos Martins, que curiosamente, obteve mesma média.
O prefeito Irineu Wutke que é educador de profissão lembra que são vários fatores que se somam e produzem um resultado positivo ou negativo. “Vila Pavão, assim como os outros municípios que se destacaram, certamente não possui as escolas mais bonitas e com melhor infraestrutura. Está longe disso. Se fosse por isso, as escolas das cidades grandes seriam mais bem avaliadas. Isso ajuda, mas como ficou comprovado não resolve o problema da educação. O bom desempenho de Vila Pavão no ranking Ideb, se deve principalmente à competência dos profissionais que gerenciam a educação; às ferramentas oferecidas; à qualificação e dedicação dos professores; quantidade de alunos em sala de aula e comprometimento da família dos alunos”, enumerou o prefeito.
Segundo a secretária municipal de Educação de Vila Pavão, Arlete Ramlow, desde 2011 o município vem apresentando desempenho crescente. O desafio nos anos finais é de garantir mais alunos aprendendo e com um fluxo escolar adequado. “Acredito que o sucesso se deve ao fato da Secretaria de Educação ter condições de estar presente no dia a dia dos professores, discutindo melhoria de atendimento nas salas de aula, apoiando com formação continuada (nos anos iniciais). Os docentes de fato conseguem reservar 33% de sua carga horária para o preparo das aulas e ainda organizam seu tempo para se dedicar a formações com interesse de melhorar o ensino aprendizagem”, pontuou a secretária.
Arlete afirma ainda que as escolas e o Comitê de Alfabetização estão em constante diálogo discutindo os desafios nas salas de aulas com proposição de práticas pedagógicas, destacando o professor como principal agente, respeitando as individualidades do aluno tendo-o como centro do processo de aprendizagem, através de conselhos, planejamentos, avaliações realizadas pelos Coordenadores Pedagógicos.
“Os anos iniciais, conta com referencial curricular desde 2011 construído pelos professores conforme realidade local, baseado em Parâmetros Curriculares Nacionais e estaduais, formações promovido pelo MEC e município. Atualmente, estes currículos estão sendo reelaborados pelos professores dos anos iniciais e anos finais, conforme a BNCC (Base Nacional Curricular Comum)”, acrescenta.
Outro aspecto que pode ter contribuído para o bom posicionamento no ranking 2017 do IDEB destacado pela secretaria municipal de Educação é que as escolas estão organizadas de maneira que não haja reprovações no Ensino Fundamental ofertando Sala de Apoio Pedagógico de Português e Matemática em contra turno, atendendo principalmente alunos do 1º ao 5º ano na escola, quando avaliados com dificuldades de acompanhar o currículo. Os alunos contam ainda com acompanhamento dos pedagogos com avaliações diagnósticas trimestrais (mais intenso nas escolas que não tem sala de apoio), assim consegue-se ver onde eles estão no processo de aprendizagem, permitindo dialogar com os professores sobre atividades adequadas às necessidades do aluno e outros encaminhamentos em parceria com a família do aluno.
“De forma bem especial parabenizamos nossos estudantes e familiares. Sem eles, com certeza, não alcançaríamos esse mérito. Pois cada dia mais, percebemos a preocupação de muitas famílias em acompanhar de perto a vida escolar do filho, reconhecendo-se peça fundamental no processo ensino aprendizagem junto à escola”, agradeceu a secretária.
O Ideb é calculado de dois em dois anos, de acordo com os resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e com as taxas de aprovação das escolas e redes de ensino. Com base no aprendizado dos alunos em português e matemática (Prova Brasil) e no fluxo escolar (aprovação, reprovação e abandono e distorção idade-série de todas as séries do Ensino Básico).
