Segundo o delegado André Jaretta, da Polícia Civil de Aracruz, o adolescente realizou os ataques e depois voltou para casa normalmente para almoçar com os pais e chegou a escutar sobre o caso.
“Ele se fez de desentendido quando os pais comentaram do que havia acontecido”, descreveu Jeretta.
A entrevista teve a participação da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo (Sesp), a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
“Nem nos maiores pesadelos poderíamos imaginar. Sou pai de um dos alunos da escola. A partir da visualização do cenário, criamos estratégia para organização, conclamamos todos os policiais de folga”, relatou.
Ainda segundo o Tenente Farias, no primeiro momento, ao ser localizado na casa de praia da família, o adolescente negou a autoria do crime.
“Apenas quando mostramos fotos e imagens do ocorrido ele acabou confirmando o fato. No local havia a presença de um juiz de direito, quando foi feita a apreensão. Posteriormente ele foi levado por meio da Polícia Civil”, explicou Farias.
Autor aproveitou saída dos pais
“Ele se apossou de alguns objetos, pegou um segundo automóvel da família, cobriu as duas placas e se deslocou para a primeira escola. Lá, ele entrou pela porta dos fundos, rompeu um primeiro cadeado, foi para o terreno, rompeu o segundo cadeado. Entrou na sala dos professores e esgotou as munições do primeiro cartucho”, destaca Jarreta.
Depois disso, saiu da primeira escola, pegou o carro e foi em direção à segunda instituição de ensino. No local, segundo os investigadores, ele encontrou o segundo portão e a porta de vidro da instituição abertos.
Além disso, no andar superior, ele efetuou alguns disparos pelas janelinhas presentes na porta. “Após, ele voltou para o carro, tirou os papéis que cobriam as placas, guardou tudo nos locais corretos e agiu como se nada tivesse acontecido“, expôs.
Autor do crime afirmou que sofria Bullying na escola
Também em depoimento, o adolescente alegou que teria sofrido Bullying, com alguns apelidos no ano de 2019. A partir de 2020, ele começou a se preparar e planejar melhor os crimes que seriam realizados.
Adolescente era simpatizante de ideias nazistas
Durante uma análise preliminar, segundo Jarreta, foi constatado que o jovem era simpatizante de ideias nazistas.
“Não foi confirmado se ele participava de algum grupo relacionado ao tema. Perguntamos, tentamos aprofundar, mas o depoimento dele não é a única forma de investigação”, explica.
Ainda segundo Jarreta, os pais do adolescente serão ouvidos novamente nesta segunda-feira (28), durante oitivas.