Por uma diferença de apenas 2 votos, o deputado Assis do Couto (PT-PR) foi eleito nesta quarta-feira, 26, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. O resultado eliminou a possibilidade de Jair Bolsonaro (PP-RJ), que se lançou em candidatura avulsa, assumir o comando do colegiado.
Assis do Couto que vai substituir o pastor deputado, Marco Feliciano (PSC-SP), ressaltou que o papel da CDHM é ouvir e respeitar as diversidades e disse que não vai perder o foco nas minorias. Segundo ele, os debates que elevaram a temperatura da comissão no ano passado, sob a presidência do deputado Pastor Marcos Feliciano (PSC-SP), são características do colegiado. “O debate não é o problema. O problema é estreitar o trabalho desta comissão em apenas um debate”, afirmou.
Diante do placar de 10 a 8, Bolsonaro avaliou como “excelente” o resultado. De acordo com Bolsonaro, a disputa acirrada “mostra que os parlamentares começam a entender melhor o papel da comissão”. Mesmo com a avaliação positiva, o parlamentar fluminense manteve um tom amargo ao falar do futuro do colegiado. “Vamos assistir à volta do desserviço que sempre vimos. Se a comissão não trabalhar, vai ser melhor do que se trabalhou [na gestão] de Domingos Dutra [PT-MA, que presidiu o colegiado em 2012] para trás”, criticou.
As maiores divergências de Bolsonaro com o PT esbarram em políticas como a que previa a distribuição dos kits que ficaram conhecidos como kits gay e a resistência a propostas de mudança na maioridade penal.
Com 13 votos, Nilmário Miranda (PT-MG) foi eleito 1º vice-presidente da comissão.
O PSDB presidirá as comissões de Desenvolvimento Urbano, com Mauro Lopes (MG), de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, com Eduardo Barbosa (MG), e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, com Ricardo Tripoli (SP).
Em outras votações, o PMDB conseguiu eleger o presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, Hugo Motta (PB) e o da Comissão de Finanças e Tributação, Mário Feitoza (CE).
Com Carta Capital