
A jovem de Nova Venécia Thayane Milla Mendes Dias e as duas amigas mineiras, que estavam desaparecidas em Portugal desde janeiro, foram encontradas mortas nesta sexta-feira (26) em um tanque de água de um hotel de cachorros na cidade portuguesa de Cascais. O companheiro de uma das vítimas, que também é brasileiro, trabalhava na empresa veterinária onde os corpos foram encontrados e teria se entregado à Polícia Federal, em Minas Gerais, confessando o triplo homicídio, segundo informações da imprensa portuguesa. Após prestar depoimento, ele foi liberado, de acordo com sites de Portugal.
No entanto, a assessoria de comunicação da Polícia Federal em Minas Gerais, não confirmou a informação dos sites portugueses e disse que não comentará sobre a investigação, em razão do sigilo dos trabalhos.
A informação da morte das meninas foi confirmada pela mãe de Thayane, Tânia Maria Mendes, que mora em Nova Venécia, na Região Noroeste do Espírito Santo. “Recebemos a informação agora, por volta das 15h. Os corpos foram achados em um tanque de água que fica dentro de um hotel de animais”, relatou Tânia na tarde desta sexta-feira (26).
A capixaba Thayane, de 21 anos, viajou no dia 28 de janeiro para Lisboa, onde começaria a trabalhar em uma creche. Segundo a mãe dela, a filha iria morar com as amigas Michele Santana Ferreira, de 28 anos, e Lidiana Neves Santana, de 16, que são irmãs. Desde então, familiares e amigos no Brasil não conseguiam contato com as jovens.
Michele trabalhava em Lisboa como doméstica há 9 anos e convidou a irmã mais nova, Lidiana, para estudar e morar em Portugal no final de 2015. As irmãs dividiam um apartamento com o companheiro de Michele, que é brasileiro e é dono da residência. Michele mantinha um relacionamento com o companheiro, principal acusado do crime, há 9 anos e estava grávida de 3 meses, segundo parentes. As duas conheciam a capixaba Thayane e fizeram o convite para que ela também trabalhasse em Lisboa, oferecendo o apartamento.
A última vez que os parentes tiveram notícias das jovens foi através do homem, que, segundo a mãe de Michele e Lidiana, Solange Santana, é casado no Brasil. Segundo a família das irmãs, o homem informou que Michele havia largado o emprego em Lisboa e ido embora para Londres, junto com a irmã e a capixaba.
“O companheiro de Michele relatou que as três foram para Londres, que Michele tinha largado o emprego. Mas eu não confiei nessa história porque ela me falaria, não mudaria de país sem falar e ainda um amigo chegou a dizer que eles tinham um relacionamento explosivo”, relatou Solange, que é auxiliar de serviços gerais e mora em Campanário, em Minas Gerais.
Na época, a polícia da Inglaterra também foi acionada e não foi constatada a entrada das meninas no país. O Itamaraty acompanhou as investigações policiais e atualizava as famílias sobre as novidades do caso. Nas investigações estão a Interpol e o adido policial britânico.
De acordo com a mãe da capixaba, a também auxiliar de serviços gerais, o ex-companheiro de Michele voltou para o Brasil depois que os familiares tomaram conhecimento do sumiço das jovens. Os corpos foram encontrados em estado avançado de decomposição, segunda a família e jornais portugueses.
“Estou muito abalada. Ainda não temos notícias sobre a investigação. Não sei nem como vou trazer o corpo para o Brasil”, desabafou Tânia.
No final da tarde desta sexta-feira (26), o o Itamaraty informou que não foi oficialmente comunicado sobre a identificação dos corpos das brasileiras. O Consulado-Geral do Brasil em Lisboa foi acionado para buscar mais informações junto às autoridades locais.
Fonte: Gazeta Online.