
Vila Notícias – A situação de Dunga como técnico da seleção brasileira é bem desconfortável. Nos bastidores da CBF, as críticas ao seu trabalho cresceram após os últimos resultados. Dirigentes com influência nas tomadas de decisão já discutem a necessidade de reduzir os poderes tanto de Dunga quanto do coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi. Uma ideia que ganha força é a de tirá-lo do comando da seleção olímpica.
Para os cartolas que defendem essa linha, Dunga comandaria a Seleção na Copa América Centenário, em junho, nos EUA – mas a seleção olímpica seria isolada e blindada, com outro responsável. A medalha de ouro é o único troféu que falta na galeria da CBF. O técnico “interventor” seria alguém de fora – e não Rogério Micale, que comandou as últimas partidas da seleção olímpica.
Ao contratar esse técnico forte para o time olímpico, a CBF também criaria uma sombra para Dunga no time principal. A constatação de que, com um terço das Eliminatórias já disputadas o Brasil está em sexto lugar – portanto fora da zona de classificação para a Copa de 2018 – joga muito forte contra Dunga e Gilmar.
A performance na Copa América poderia decretar o fim da nova Era Dunga. Para a CBF, o título olímpico é muito mais importante que a competição continental. Tanto que a entidade trabalha bem mais para ter Neymar nos jogos do Rio – e não nos EUA.
A diretoria de seleções da CBF, por meio de sua assessoria de imprensa, comentou:
– Continuamos na mesma linha de trabalho. Temos a Copa América e depois temos a Olimpíada, as duas com o Dunga como técnico.