Vila Notícias
Foi aprovado à unanimidade pelos deputados estaduais na manhã desta terça-feira (20) o Orçamento do Estado para 2015, fixado pelo governo do Estado em R$ 16.023.342.194,00. “Os deputados se colocaram ao lado do governo, sem partido, sem cor, em união”, comemorou o presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM).
O valor é menor em R$ 1,35 bilhão em relação ao que havia programado o ex-governador Renato Casagrande (PSB), R$ 17.379.356.588,00, mas Ferraço evitou apontar erros na elaboração pelo governo anterior.
“Não temos de culpar ninguém, não temos de falar de ninguém. Nós temos agora é de unir e trabalhar em favor do Espírito Santo. E que a crise seja passageira. Tem uma crise que não tem como negar: O barril do petróleo até há pouco tempo beirava os cem dólares, agora beira 50 dólares. O povo está comprando menos, está com salários defasados. Essa é a realidade. Tem de se culpar alguém? De jeito nenhum!”, reconheceu.
“O Estado registrou até ontem (segunda-feira, 19) uma receita de R$ 300 milhões. Ano passado, na mesma época, foram R$ 800 milhões. O sinal está vermelho. Quem ultrapassar pode quebrar a cara. É preciso muito equilíbrio”, pediu.
Corte mantido no Judiciário
Apesar de nos bastidores deputados terem revelado que ainda não teria cessado a divergência do Tribunal de Justiça (TJES) por ter sofrido cortes de R$ 133 milhões acima do que já havia perdido na elaboração do Orçamento de 2015, o presidente da Assembleia Legislativa (Ales), deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), revelou que houve uma reunião nesta segunda-feira (19) para aparar as arestas entre os Poderes.
Teriam participado o governador Paulo Hartung (PMDB), os desembargadores Sérgio Bizzotto, Manuel Rabelo, Álvaro Bourguignon e Sergio Gama e mais quatro juízes.
Foi o presidente do Legislativo quem juntou os chefes do Poder Executivo, governador Paulo Hartung e o chefe do Poder Judiciário, desembargador Sérgio Bizzotto. “Quem pediu a reunião fui eu. Botei os dois para conversar”, revelou antes de concordar que, porém, de nada adiantou.
Ele agiu após a crise ficar evidente no domingo (18), quando Bizzotto mandou torpedos para os celulares dos deputados pedindo a suspensão da votação, chegando à imprensa já na segunda-feira (19). “A reunião foi após as 16 horas, a fim de acertar os ponteiros”, contou Ferraço.
Segundo o deputado, os magistrados aceitaram perder o dinheiro. “Eles foram conscientes em aceitar e dar um voto de confiança no governador. Esperamos o aumento da arrecadação. Aí teremos fóruns novos, estradas novas”, disse Ferraço. “Muito natural que o Judiciário queira utilizar seu Orçamento, ele foi feito com responsabilidade. O ajuste foi aceito porque ninguém mais do que os desembargadores, os juízes e o Poder Judiciário querem bem ao Espírito Santo”, completou.
O Tribunal de Justiça informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai se manifestar em outra oportunidade sobre a questão do orçamento.