- Tratado entre os dois Estados foi assinado em 1963 pelos governadores Magalhães Pinto(MG) e Lacerda Aguiar(ES)
Redação Vila Notícias
Técnicos do Instituto Estadual de Defesa Agropecuária e Florestal – Idaf, descobriam na semana passada divergências na localização dos marcos ultilizados na identificação da divisa entre o Estado do Espirito Santos e Minas Gerais.
A inspeção foi feita na localidade de Muritiba, em Ecoporanga (ES), no noroeste capixaba, nos mesmos marcos, palco de uma disputa litigiosa em décadas passadas que checados novamente com tecnologia de GPS, constatou-se uma diferença média de dois quilômetros em seu posicionamento, o que equivale a uma perda de 42 quilômetros quadrados, mais ou menos 4.300 campos de futebol, ou quase a metade do terrtório da cidade de Vitoria, por exemplo.
A região foi palco entre as décadas de 1940 e 1960, de um grande conflito por uma faixa de terras rica em plantações de café, o “Contestado”, de aproximadamente 10 mil quilômetros quadrados, pouco maior do que a Região Metropolitana de Belo Horizonte, localizada na divisa dos estados do Espírito Santo e Minas Gerais. A luta só terminou quando o Supremo Tribunal Federal estabeleceu os limites entre os dois Estados, em tratado assinado entre os governadores: o mineiro Magalhães Pinto e o capixaba Lacerda Aguiar, em setembro de 1963.
A próxima etapa do trabalho, de acordo com informações do Idaf, consiste no ajuste digital da divisa nos sistemas e bases informatizadas, assim como a alteração no mapa estadual.