A Justiça Federal aceitou nesta sexta-feira (28) a denúncia do Ministério Público Federal (MPF-ES) contra cinco acusados de envolvimento com o tráfico de 445 quilos de pasta base de cocaína em um helicóptero da família do senador mineiro Zezé Perrella (PDT).
O juiz federal Marcus Vinícius Figueiredo de Oliveira Costa ainda manteve o helicóptero apreendido. A aeronave está sob responsabilidade do governo do estado do Espírito Santo. O magistrado determinou que os advogados dos acusados recebam notificação para apresentar defesa em um prazo de dez dias.
Os cinco foram foram denunciados por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico, pelo Ministério Público Federal do Espírito Santo (MPF-ES), no dia 24 de janeiro. A aeronave foi apreendida em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, na região Serrana, com 445 kg de pasta-base de cocaína, em 23 de novembro do ano passado. Os suspeitos são o piloto e o copiloto da aeronave, os dois homens responsáveis por descarregar o helicóptero e também dono de uma propriedade que servia de base para a organização.
Para o MPF-ES, os denunciados se associaram para importar de forma rotineira cocaína do Paraguai para o Brasil. O piloto teria sido convidado a participar do esquema para fazer o transporte das drogas e ganharia R$ 50 mil para o serviço, saindo de Belo Horizonte às 7h e retornado às 18h.
O portal de transparência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aponta que a Casa reembolsa, por meio da verba indenizatória, o combustível do helicóptero da empresa Limeira Agropecuária, de propriedade do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD). A informação foi confirmada, no dia 28 de novembro, pelo advogado da família, Antônio Castro. Segundo a ALMG, cada deputado estadual recebe, por mês, a verba de R$ 20 mil, sendo deste total R$ 5 mil destinado para gastos com combustíveis.