O Programa de Assistência Dermatológica para diagnóstico precoce de câncer nos Lavradores do interior do Espírito Santo estará atendendo a população de Vila Pavão nos dias 20 e 21 de outubro.
Os atendimentos serão realizados nas dependências da Igreja Evangélica de Confissão Luterana (Igrejona), a partir das 7h da manhã.
Na ocasião serão realizados atendimentos clínicos dermatológicos e cirúrgicos para a retirada de lesões compatíveis com o câncer de pele.
O trabalho é desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com a ajuda da secretaria municipal de Saúde e Igreja Luterana.
Segundo a secretaria de Saúde de Vila Pavão, no ano passado, a equipe médica realizou 313 atendimentos, 775 crioterapias e 67 cirurgias, algumas, inclusive complexas que exigiram a implantação de enxertos nos pacientes.
O programa atende a 11 municípios: Vila Pavão, Vila Valério, Itarana, Itaguaçu, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Baixo Guandu, Afonso Cláudio, Laranja da Terra, Pancas e São Roque do Canaã.
O programa
O projeto de rastreamento do câncer de pele, sobretudo, na população pomerana do ES, em 2018, completa 31 anos de atividades. A ideia do trabalho surgiu quando o médico dermatologista Carlos Cley Coelho, do Hospital das Clínicas, percebeu o grande número de descendentes de pomeranos com lesões cancerígenas. O câncer de pele corresponde a 25% dos tumores malignos registrados no Brasil e, quando detectado no início, tem grandes chances de cura.
Segundo os especialista, em média de 10% da população que procura a equipe médica do projeto tem lesões pré-cancerígenas ou câncer de pele. A maioria tem a pele sensível por hereditariedade e toma muito sol trabalhando nas lavouras. Parte do trabalho feito pela equipe é de educação, ensinando a população a se proteger com bonés e calça na hora do trabalho.
O programa conta com uma estrutura composta de muitos profissionais: cirurgiões plásticos, dermatologistas e enfermeiros, além dos motoristas que transportam o grupo e os equipamentos. Participam ainda dos trabalhos nas comunidades, alunos de medicina e enfermagem da Ufes e profissionais das secretarias de Saúde dos municípios.