Vila Notícias – À frente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), responsável por analisar o parecer do Tribunal de Contas da União sobre as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) afirmou nesta quinta-feira que já espera que o Executivo pressione os parlamentares que integram a comissão. Mas afirmou que não é afeita a pressões e espera do colegiado uma análise técnica. Para a peemedebista, o julgamento do TCU não foi político, como afirmam partidários de Dilma. “Esse órgão é técnico e trabalhou por mais de três meses, não será jamais desconsiderado, porque aí sim seria uma posição política. Eu não diria que o TCU usou de postura política, não tenho essa visão de contaminação política pelo TCU”, disse.
De acordo com Rose, não houve contaminação política no julgamento das contas pelo tribunal. “O TCU é um órgão técnico que trabalhou três meses sobre esse parecer. Não será desconsiderado jamais o trabalho que o TCU fez.” A partir do momento em que receber o parecer do TCU, a a comissão terá 40 dias para nomear um relator que vai elaborar o parecer preliminar. Em seguida, o documento será apresentado ao colegiado, que terá 15 dias para emendas, feitas pelos membros da comissão. O relator terá novo prazo de 15 dias para elaborar o relatório final, e a CMO terá sete dias para votá-lo. Após a conclusão do processo na CMO, o parecer seguirá para o Congresso para votação em sessão conjunta. Segundo a senadora, o relator terá um perfil técnico e será capaz de dialogar com todas as correntes. “Seguiremos regimentalmente todos os prazos. Vamos trabalhar para votar o relatório ainda este ano na CMO. Todos têm consciência de que isto é uma angústia que fica presente na vida de todos os brasileiros, e nesta Casa também. É uma matéria importante, acompanhada por todos. O país está em crise, dividido”, afirmou Rose. Para o líder do governo na comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), o governo terá oportunidade de apresentar sua defesa no colegiado. “O debate será técnico e político. Temos argumentos suficientes para mostrar que não havia razão para a rejeição das contas”, disse.