
A Câmara de Vereadores de Vila Pavão aprovou na Sessão de ontem, terça-feira (15), por unanimidade, o Projeto de Lei n° 6/2018, de autoria do vereador e vice-presidente da Casa de Leis, Juvenal Médice Ferreira (PSDB), que altera a denominação do Centro Municipal de Educação Agroecológica (CMEA) Praça Rica, para CMEA Artur Pagung, em homenagem a um dos fundadores do Distrito, que faleceu em 08 de outubro de 2017. Agora, o projeto segue para a sanção do prefeito Irineu Wutke (SD).
Para Juvenal, a homenagem é mais do que merecida. “Tenho uma consideração muito grande pela história de vida que ele deixou, que foi muito bonita. Uma história que poucos deixam. Antes de propor o projeto, fiz um abaixo-assinado na comunidade e consegui mais de 200 assinaturas. Está tudo registrado em ata. Então, fico muito alegre por ter tido essa aprovação unanime na comunidade e na Câmara. Isso mostra o grande homem que foi o senhor Artur Pagung”, disse.
Para o filho do Seu Artur, o produtor rural Daniel Pagung, o momento foi de muita emoção. “Além da satisfação pelo reconhecimento ao meu pai, foi, também, um momento de muita emoção ouvirmos o relato de toda a história de vida do patriarca da família Pagung. Ele foi um homem de muita ética e honra no município de Vila Pavão. Nossa família sentiu-se extremamente honrada”, disse.
Quem também sentiu honrada com a homenagem foi a diretora da Escola e também filha de Artur Pagung, Selma Pagung. “Para nós, foi um momento de muita emoção e reconhecimento de quem foi o alicerce da história de Praça Rica. Ele sempre lutou por muita coisa, como, por exemplo, quando a escola começou. A primeira sala de aula, foi ele que ajudou a construir”, ressaltou.
Atualmente, o CMEA Praça Rica atende 122 alunos de toda região do Distrito, da educação infantil ao 9º ano.
Artur Pagung
Filho de Augusto Pagung e Maria Zummach Pagung, Artur Pagung nasceu em 21 de novembro de 1931, em Sobreiro, no município de Itaguaçu. No início dos anos 50, ainda jovem, migrou com os pais para o Norte do Espírito Santo, fixando-se em Praça Rica, município de Vila Pavão, à época, Nova Venecia, onde se casou com Emilia Hammer Pagung em 25 de outubro de 1957, com quem teve seis filhos (Daniel, David, Belmiro, Lourival (in memorian), Ozélia e Selma), nove netos e dois bisnetos.
Luterano convicto e praticante, desde jovem, Seu Artur foi colaborador nas atividades da sua Igreja.
Iniciou sua vida de trabalhador como pequeno agricultor. Não estudou em escola formal, porém, na infância ainda aprendeu a ler, escrever e fazer contas, o suficiente para seguir firme em seus objetivos.
Em 1962 montou um estabelecimento comercial de secos e molhados no povoado de Praça Rica, permanecendo na atividade por mais de 50 anos. Era um dos comerciantes mais antigos de Vila Pavão.
Foi, também, um líder ativo na região onde morava, no início da década de 1970, quando participou na luta por energia elétrica e telefonia fixa para a localidade de Praça Rica.
Foi conselheiro e dirigente da Cooperativa de Leite Veneza de Nova Venécia.
Nunca aceitou concorrer a cargo político, no entanto, era procurado e ouvido pela comunidade e pelas autoridades constituídas, além de fazer parte do Júri Popular da Comarca de Nova Venécia.
Ao longo de sua caminhada, Artur Pagung prezou pela ética e pela ajuda ao próximo.
Informações: Rede Notícia.