Dean Bumpus, pesquisador e cientista Instituto Oceanográfico Woods Hole, situado no estado de Massachusetts nos Estados unidos, no cidade de Cape Cod, jogou cerca de 300 mil garrafas no Oceano Atlântico. A ideia não era poluir, mas sim estudar as correntes marítimas. É que isso aconteceu entre 1956 e 1972, quando ainda não haviam satélites para rastrear as correntes como hoje em dia. O os cientistas podiam fazer, então, era lançar alguma coisa ao mar e ver onde ia parar.
Das garrafas lançadas por Bumpus, que morreu em 2002, aproximadamente 270 mil continuam desaparecidas. Provavelmente algumas foram encontradas e guardadas como recordação, outras se quebraram, e algumas ainda podem ser encontradas futuramente.
Recompensa
O biólogo Warren N. Joyce estava no litoral da província da Nova Escócia, no Canadá, estudando focas cinzentas e encontrou na Ilha de Sable uma dessas garrafas, que tinha sido lançada ao mar 58 anos antes. A praia fica há 480 km de Cape Cod, e o recipiente estava em um monte de detritos quando Warren o achou. Para ele foi como encontrar um tesouro, contou.
Disse que a garrafa estava coberta de areia mas ainda era possível ler uma frase que pedia para quebrar o vidro. O biólogo tirou a tampa de borracha e encontrou dentro do recipiente um bilhete escrito por Bumpus, explicando que ela fazia parte de uma pesquisa e solicitando que quem a achasse entrasse em contato. Foi o que Joyce fez, contatou os cientistas de Woods Hole e prestou informações sobre a hora e o local em que encontrou o artefato.
Embora Joyce diga que não quer a recompensa, prometida por Bumpus em 1956 para qualquer pessoa que desse retorno sobre alguma das garrafas, o Instituto disse que vai mandar da mesma forma: nem um dólar, apenas uma moeda de 50 centavos, contou Joyce, rindo.