Por: Vander Vigne
Em todo Brasil, foram registrados mais de 52 mil assassinatos em 2013. A média é de 27 para 100 mil habitantes. Deste total, 52,6% são negros. No Espírito Santo, a taxa é de 65 assassinatos de negros para 100 mil habitante. Alagoas, Espírito Santo e Paraíba são os Estados com as maiores taxas de homicídios negros. Ainda, pesquisas mostram que o Brasil está entre os 12 países mais violentos do mundo. No caso do Estado do Espírito Santo, é o primeiro em assassinatos de mulheres.
A faixa etária que mais sofre violência é a juventude, principalmente pardos e negros. Mesmo dentro das Escolas do Estado, a violência é gritante, mas fica sem divulgação oficial porque os profissionais do Magistério são coagidos pelos seus superiores e pelos próprios alunos, segundo relatos ocorridos nas Assembleias da Greve Estadual dos professores em Vitória. Diante desta realidade, na manhã da última sexta-feira (2/5), a Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), ao lado da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, lançou o Plano Juventude Viva no Palácio Anchieta, em Vitória (ES).
“O programa, que visa à prevenção da violência contra a juventude negra, vai atuar em seis municípios capixabas-Vitória, Serra, Vila Velha, Cariacica, Linhares, São Mateus e Guarapari. Nestes locais estão concentrados 73% dos assassinatos registrados no Espírito Santo. –
Ao todo, o governo federal investe 96 milhões de reais, que serão distribuídos em programas nas áreas de educação, saúde, cultura, justiça, trabalho e emprego, entre outras.
Taxas de homicídios – De acordo com o Ministério da Saúde, o Espírito Santo ocupa o segundo lugar em taxas de homicídios contra jovens no país, estando abaixo apenas do estado de Alagoas. As cidades que vão receber o Plano são Vitória, Vila Velha, Cariacica, Linhares, os municípios de Serra, Guarapari e São Mateus. Juntas, elas concentraram, em 2011, 73% das mortes registradas em todo o estado.
A partir dessa recorrência história de violência no estado, a ideia é que o Juventude Viva possa combater o problema ofertando serviços públicos que garantam a direitos da população jovem, compreendida entre 15 e 29 anos. “O Juventude Viva contempla uma série de políticas para tentar mudar a cultura de violência e oferecer alternativa para os jovens. É um processo longo, mas precisamos investir”, afirmou ministro-chefe da SGPR, Gilberto Carvalho.”( juventudeviva.org.br)
Para se cadastrar no programa acesse o site.